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Carneiro acusa Moedas de "fuga para a frente" e de "insultar" socialistas

Carneiro acusa Moedas de "fuga para a frente" e de "insultar" socialistas

Em declarações à agência Lusa após a entrevista desta noite de Carlos Moedas à SIC, José Luís Carneiro considerou que "não vale tudo" e que o "PS exige explicações, apuramento das responsabilidades e o respeito pelos outros" após o acidente desta semana na sequência do qual morreram 16 pessoas.

"Fiquei totalmente surpreendido com o facto de, perante uma tragédia desta natureza e tendo o Partido Socialista assumido uma atitude de tão grande responsabilidade, o engenheiro Carlos Moedas, numa fuga para a frente, tenha optado por insultar os meus camaradas Alexandra Leitão, Pedro Nuno Santos e Eurico Dias, utilizando expressões absolutamente inaceitáveis e até ousar ofender a memória de Jorge Coelho, o que nenhuma circunstância política pode justificar", criticou.

Na opinião do secretário-geral do PS, "não é com o recurso a esta linguagem" que o presidente da Câmara de Lisboa "pode ultrapassar o erro que cometeu quando há quatro anos exigiu a demissão de Fernando Medina".

Esta noite, através das redes sociais, a socialista Alexandra Leitão, cabeça de lista pela coligação PS/Livre/BE/PAN à Câmara de Lisboa nas próximas autárquicas, já tinha acusado o presidente da autarquia e recandidato, Carlos Moedas (PSD), de fazer "exercício de desculpabilização" sobre o acidente no elevador da Glória.

Em entrevista à SIC, a primeira dada a um órgão de comunicação social desde o acidente com o elevador da Glória, que ocorreu na quarta-feira e causou 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades, o social-democrata Carlos Moedas criticou "a politização" da tragédia.

"Revolta-me muito ver que certos partidos políticos, de uma maneira direta, e outros dissimulados, como é o caso do PS de Lisboa [...] porque no fundo tem uma candidata que não vem pedir a minha demissão, mas encarrega todos os seus sicários e todos os seus apoiantes para virem por trás, como Pedro Nuno Santos, como Brilhante Dias", declarou o presidente da Câmara de Lisboa.

O autarca do PSD disse ainda que faz "uma grande diferença" entre o PS liderado por José Luís Carneiro, "que é um homem centrista", e o PS de Lisboa, "que é um bloco da esquerda, aliado ao BE, que se radicalizou", considerando que "há dois PS diferentes".

Sobre o papel da socialista Alexandra Leitão, ao falar do acidente com o elevador da Glória, o social-democrata Carlos Moedas considerou que "foi muito cínico, dissimulado".

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

O acidente provocou 16 mortos - cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um norte-americano e um francês -, e ainda 22 feridos.

O Governo decretou um dia de luto nacional, que foi cumprido na quinta-feira, enquanto a Câmara de Lisboa decretou três dias de luto municipal, entre quinta-feira e sábado.

Leia Também: "Cinismo"? Leitão responde a Moedas e acusa-o de "ataque pessoal"

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